domingo, 30 de outubro de 2011

Lembranças Que Lavam A Alma

Já se ia  uma sexta feira cansada, duma semana bastante sofrida. Cama, TV. Tudo que pede uma alma triste , um corpo exausto com um pé machucado. O milagre da tela trouxe até mim de volta a beleza de "Lean On Me". Uma canção adormecida no inconsciente , desperta pra me devolver a esperança  que a semana de desencontros e desencantos tentava me roubar.

Sempre tão frágil, mas nunca  entregue de vez!
Obrigada Bill! Minha eterna dívida para contigo.
Obrigada Deus  distribuidor dessa maravilhosa graça comum a todos os seres humanos. Que lava almas atormentadas e renova corações ressentidos, também por meio da arte, por meio da canção. Por que não?

Lean On Me , por seu autor Bill Withers

Sometimes in our lives
we all have pain
we all have sorrow
but if we are wise
we know that there's always tomorrow
Lean on me
when you're not strong
and i'll be your friend
i'll help you carry on
for it won't be long
till i'm gonna need
somebody to lean on
Please
swallow your pride
if i have pain
you need to borrow
for no one can heal
those of your needs
that you wont let show
ya just call on me brother
if you need a hand
we all need somebody to lean on
i just might have a problem that youll understand
we all need somebody to lean on
lean on me
when youre not strong
and ill be your friend
ill help you carry on
for it wont be long
till im gonna need somebody to lean on
ya just call on me brother
if you need a hand
we all need somebody to lean on
i just might have a problem that youll understand
we all need somebody to lean on
if
there is a load
you have to bare
that you cant carry
im right up the road
ill share your load
if you just calllll meeeeee
caaaaaaaallllll meeeeee
if you need a friend

Um forte abraço na esperança da ressurreição
Márcia Araújo
PS.: Para saber mais sobre" Lean On Me" você pode conferir os links en.wikipedia.org/wiki/Lean_on_Me_(song)

Sempre Dizendo, Sempre ouvindo, Sempre Sentindo

Não é necessário alimentar doces ilusões para amar. Já não as alimento. Já não vejo aqueles a quem amo como esféricas personagens de uma trama novelística . Todos somos humanos. Todos erramos os alvos. Todos erramos "o grande alvo", em algum dia distante, em algum momento da história da humanidade. O túnel do tempo que nos diga!

Os amigos ... eles são humanos! Eles erram. E erram comigo... também já errei com eles... talvez neles tenha doído tanto quanto  dói em mim. Quem saberá? Sou humana. Só saberei se me disserem. Digam o mais cedo possível. Por favor digam logo! Digam para que as feridas não necrosem, para que a alma não apodreça. Digam ... olhem nos olhos... e digam ... mas por favor digam sem plateia... me chamem num canto, para que eu não tenha a tentação de achar que  você quer me expor e maldosamente me machucar. Pois há machucados que se fazem sem  dolo. É para isso que existiu a cidade-refúgio. Para os que não tinham a intenção, mas o fizeram. E é esse o machucado que quero acreditar que alguns me fizeram...
Apesar de tudo buscando sempre a companhia dos amigos  na esperança da ressurreição é assim que desejo seguir... sempre dizendo ... sempre ouvindo... e buscando  alcançar o ensino do mestre de que é necessário lembrar sem sofrer. Anseio praticar isto, entretanto confesso... é bem difícil... Esta dificuldade me faz sofrer. Mas sigo tentando... sempre dizendo, sempre ouvindo, sempre sentindo, sempre chorando. Porque estas minhas lágrimas me irrigam a alma!

Márcia Araújo

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Se deixe abençoar também

Queria agradecer aos idealizadores do "Missão na Integra"! Foi um maravilhoso presente encontrá-los no Facebook e Vimeo. Longe de  querer fazer propaganda desses dois gigantes da pós-modernidade informatizada, cito seus nomes apenas para dizer como foi o caminho das pedras de hoje.


Meu Senhor sabe o que vai no meu coração. E ainda que os seres humanos se furtem em me estender a mão, muitas vezes, ELE não se esquece de mim e compartilha das minhas dores, e há de me socorrer conforme a sua multiforme graça e sabedoria!!! Às vezes traz gente de longe para me confortar (e isso já está quase virando rotina)  presencialmente ou  tecnologicamente.
Recomendo, porque amei! Não conhecia Edméia Willians. Louvado seja Deus por esse encontro maravilhoso que a tecnologia  me proporcionou hoje. É às vezes ela, a tecnologia,  funciona como instrumento  de bênção!
O meu tão  já magoado coração  hoje  encontrou um pouco de consolo nas palavras desta que se auto denominou como uma mulher negra e pobre, como eu. Como ela mesmo disse, e me fez recordar, ele se interessa por mim. Me fez muito bem! Talvez nunca a conheça pessoalmente para dizer a ela como foi bom  receber suas palavras . Tudo bem, não há de faltar tempo na eternidade.


Deus abençõe Edméia Willians. Sei que ELE usou este vídeo para renovar minha esperança, e aparar algumas arestas também. Estava com saudade de ver crente falando na linguagem do povo com, verdade e simplicidade, aquele velho evangelho! Se deixe abençoar também.
é necessário se cadastrar no Vimeo para  poder assistir gratuitamente.
http://vimeo.com/23359794 




  • vimeo.com
    Uma igreja urbana e relevante - Edméia Willians Parte 2
  • sexta-feira, 22 de abril de 2011

    Decepção

    Mais uma vez decepcionada. A vida e os viventes insistem em arar minhas  costas.

    Este é um discurso que eu gostaria de mudar.

    Que faço com a mediocridade que também habita em mim?????


    Rir para não chorar... ou chorar para não morrer??

    Assim fala a miserável mulher que sou: Será que aqueles que miram minha vida a vêem assim também, tão decepcionante para eles??

    Será que minhas espectativas são insanamente elevadas para o meu tempo?

    Será que apesar de não ser astronauta, insisto em percorrer esta lua, este  sideral espaço de irreais expectativas? De sonhar com uma nobreza de alma que também não tenho?

    Como suportar toda essa avalanche, como não me corroer de dor e amargura? Como me conformar se me ensinaram  a não me dobrar facilmente  frente ao manto do " é assim mesmo!". E já não sei abrir mão desse ensinamento.

    Que fazer se  nutro um desesperado desejo de perseguir a tal da nobreza de alma,  que ainda não tenho?

    Miserável mulher que continuo a ser...

    Márcia Araújo

    quarta-feira, 20 de abril de 2011

    Eles

    São frios como o minuano.
    São insensíveis como o cascalho.
    São mentalmente cegos aos arredores.
    São verdugos nossos.
    Estão tão próximos da nossa alma.
    Estão porém tão longe dos nossos ideais.
    Estão tão próximos do nosso desejo.
    Estão contudo tão prontos para o despejo.
    Estão tão ávidos para nos enganar.
    Sempre prontos para nos machucar.
    Sempre prontos para desdenhar.
    Sempre prontos para exigir.
    Sempre prontos a desistir ...
    Nunca sabem.
    Nunca vêem.
    Nunca crêem.
    Nunca de verdade são.
    Mesmo hoje de mentira dão...
    De verdade nunca tive sua mão...
    por isso eu imploro...não voltem mais a esta terra de carne que seu egoismo desmatou!

    sábado, 16 de abril de 2011

    Engano

    Aproximou-se com novas de crédito ao conteúdo que julgava ser meu.
    Serviu-me suas pocões alimentícias como um mago contemporâneo, e estendeu-me a mão ao sair da carruagemm: um cavalheiro do século XIX ali, na minha frente.

    Beijou-me as mãos para calar meu arroubo protecionista. Declarou-me afeto, recepcionou-me calorosamente.

    Louco interrompido, doce, frágil, arrogante, patologicamente genial. Rastelou impiedosamente minha carne, num frio lampejo de escárnio.

    Por que? Por que fazes ainda maldades que me trazem saudades, que me partem, me partem, me partem...

    Seu florete maldito abriu no infinito a oportunidade de sofrer com verdade, e a ilusão de que já não é tarde!

    Márcia Araújo

    terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

    O filhote de galinha e a gargalhada da saudade

    Depois de duas semanas horríveis, e do prenúncio de uma que parece seguir pelo mesmo caminho, com seus cálices amargos. Cálices que me fizeram recordar simples e doces cenas. Fuga? Básica necessidade de me curar de TANTAS PEDRADAS tomadas? Prefiro VER ASSIM!

    PERDI A HORA DO TRABALHO! Xiiiiii!!! Como cantaria Rita Lee: "Corre,corre, corre! HUUUUUUUUUUU!" Subo a ladeira numa tentativa quase heróica de ser veloz! Parei no topo. É possível que as coronárias já quase tomadas pelas placas de ateroma estejam roubando o fôlego do qual dispunha na juventude. - Bem feito! Diria Dona Ilda, minha mãe. - Quem mandou comer demais lobo da floresta! Rá,rá,rá, lembrança da infância. E eu era uma infante muito magra! Acreditem! Foi para agradar ao gosto de terceiros que comecei a comer demais. Supondo eu que devorando o almoço e o jantar e me colocando imediatamente de pé, a comida desceria poderosamente pelos meus lânguidos membros inferiores, fazendo de mim uma menininha de perninhas grossas! RSRSRSRRSRSR!
    Vem também da infância a imagem, que como num túnel do tempo tomou minha mente esta manhã lá no topo daquela ladeira. Filhotes de galinhas, os denominados "pintinhos, encheram meu coração de infantil nostalgia ao cruzarem meu caminho. Rapidamente vi Guido e Nanico, com suas alvas penas. Vi seu sepultamento e exumação no terreno da marcenaria do seu Alfredo. Vi os banhos de banheira no quintal, o balanço, o chão de terra, e minha irmã de "Maria Chiquinha". Vi nossos vestidos iguais num verde "xadrezinho", e minha amiga Denise com a "Susi" sem dedos nas mãos de sua dona, encostada à cerca de madeira". Vi O Gilson tirando terra do quintal e o Givago falando palavrões. Ele que um dia entraria para a "ROTA" e se tornaria um de meus pacientes! E o vô; vi meu avô com um pacote de "Alma de Flores" debaixo do braço, tentando cambaleante alcançar o portão de casa... bebinho...Rá,rá,rá. O Zupe, cão fiel, mas malandro cruel, só na espreita tentando conquistar Guido e Nanico pro jantar!
    Vi um pedaço feliz de a minha vida passar bem diante de meus olhos. Não posso negar que eles quase marejaram. Mas o poeta tem razão e o relógio me cobra! Agora é vida real e o dia quente, num verão insuportável está quase no fim.

    Tomei muitas pedradas. Que dia cruel! Dia cruel? Não, gente cruel! Gente como a gente, "Ordinary People", diria Robert Redford. Gente que a gente ainda ama. Estas pedras doem mais. Muito mais!

    A repetida dor das pedras me deixa carente dum abraço. Que podia bem ser o abraço de Helô, a "Sra. Gargalhada". Seus sorrisos, largas e longas gargalhadas. As amigas gargalhadas de Helô, que o caminhão tirou de nós. Por que caminhão malvado tirou minha amiga de mim?????? Ou seria a moto? Odeio Moto, odeio lambreta! Odeio caminhão. Se Caetano sentia falta da risada de Irene sua irmã, eu sinto falta da risada de Helô, a irmã que Cristo me deu e a morte me tirou. Helô que tantas vezes aparou minhas lágrimas e hoje não apara mais...

    Até um dia gargalhada querida!!!! Que a justiça de Deus há de nos trazer de volta. Maranata,vem Jesus!

    Márcia Araujo