domingo, 30 de outubro de 2011

Sempre Dizendo, Sempre ouvindo, Sempre Sentindo

Não é necessário alimentar doces ilusões para amar. Já não as alimento. Já não vejo aqueles a quem amo como esféricas personagens de uma trama novelística . Todos somos humanos. Todos erramos os alvos. Todos erramos "o grande alvo", em algum dia distante, em algum momento da história da humanidade. O túnel do tempo que nos diga!

Os amigos ... eles são humanos! Eles erram. E erram comigo... também já errei com eles... talvez neles tenha doído tanto quanto  dói em mim. Quem saberá? Sou humana. Só saberei se me disserem. Digam o mais cedo possível. Por favor digam logo! Digam para que as feridas não necrosem, para que a alma não apodreça. Digam ... olhem nos olhos... e digam ... mas por favor digam sem plateia... me chamem num canto, para que eu não tenha a tentação de achar que  você quer me expor e maldosamente me machucar. Pois há machucados que se fazem sem  dolo. É para isso que existiu a cidade-refúgio. Para os que não tinham a intenção, mas o fizeram. E é esse o machucado que quero acreditar que alguns me fizeram...
Apesar de tudo buscando sempre a companhia dos amigos  na esperança da ressurreição é assim que desejo seguir... sempre dizendo ... sempre ouvindo... e buscando  alcançar o ensino do mestre de que é necessário lembrar sem sofrer. Anseio praticar isto, entretanto confesso... é bem difícil... Esta dificuldade me faz sofrer. Mas sigo tentando... sempre dizendo, sempre ouvindo, sempre sentindo, sempre chorando. Porque estas minhas lágrimas me irrigam a alma!

Márcia Araújo

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